Uma fissura é só uma fissura? Um corpo é só um corpo? Uma pintura é só uma pintura?
“Delírios da Construção” traz, para mim, novas possibilidades de olhar sobre algo, alguém ou alguma situação, percebendo outras perspectivas e narrativas. As impressões que temos são apenas um lapso da história, assim como os lugares de protagonismo e antagonismo. 
Deste modo, qual função é dada a um corpo sem cabeça? Qual narrativa você dá a ele?
Enquanto feminino e racializado, as nuances e consequências são outras. 
Sem cabeça, mãos e pés.
Os efeitos das violências que encontram esses corpos são reprimidos e sufocados, causando fissuras, que em um primeiro momento, podem parecer irreversíveis. Tal qual uma rachadura na parede, encobrir com massa corrida não resolve a causa do problema. Mascarar fissuras físicas ou emocionais nos dão a ilusão de uma normalidade inexistente: por baixo dos panos sabemos que a realidade é outra, e escancarar essas situações é algo cada vez mais emergente.
Projeto expográfico
"Delírios da Construção"
Série de 100x70 cm cada (díptico) e cinco de 30x30cm
Óleo sobre tela
2023
Da série "Delírios da Construção"
Óleo e encáustica fria sobre tela
100x70 cm cada (díptico)
2023
Da série "Delírios da Construção"
Óleo sobre tela
30x30 cm
2023
Da série "Delírios da Construção"
Óleo e encáustica fria sobre tela
30x30 cm
2023
Da série "Delírios da Construção"
Óleo sobre tela
30x30cm
2023
Da série "Delírios da Construção"
Óleo sobre tela
30x30cm
2023
Da série "Delírios da Construção"
Óleo sobre tela
30x30cm
2023
Cecília Castanha
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Cecília Castanha

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